<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5890420\x26blogName\x3dtorneiras+de+freud\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://torneirasdefreud.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://torneirasdefreud.blogspot.com/\x26vt\x3d7779548731287678461', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

11/18/2003

alice queria morrer dentro de um filme mudo.
joana tomava três cafés para acordar ,um lexotan para dormir.um relaxante a meio da manhãe um estimulante natural depois do almoço.
teresa sentava-se no comboio e tinha vontade de chorar por não saber os nomes das pessoas que via.
manuela comprava cadernos onde jamais escrevia.
catarina recebeu um telefonema e saiu.morrerá esta noite .
ângela caminha sozinha e dói-lhe ver tantos bancos vazios ,espalhados pela cidade , como corpos sem cemitério .
rosália segurava o filho doente nos braços .
uma mendiga sem nome atravessava a cidade e costumava cuspir aos cães.
cristina partiu em viagem.
júlia veste a gabardine e sai através da chuva .
paula tem frio ,muito frio, mas espera pelo rosto que a salve.
rita escreve o nome amado nos braços ,na cara ,no ventre.e desaparece na banheira.
susana acabou de acordar.
mafalda descalça-se devagar e procura um cheiro ausente na cama.
patrí­cia corre ,corre muito e se correr mais pode chegar a tempo de dizer que não ,não é hora de partir.
helena lava a louça ,passa a roupa ,estende a roupa,adormece os filhos ,daqui a nada levantará os filhos ,vestirá os filhos ,entregará os filhos na escola,mas à  noite ,sozinha, procura por si ,e não há voz que chame o seu nome .então liga a televisão e espera até adormecer.

amanhã , helena verá teresa no comboio .vê sempre aquela mulher que tem os olhos permanentemente em estado de choro.helena chama-lhe a mulher dos olhos tristes.
há-de falar nela a alice,sua irmã , que diz coisas disparatadas como querer morrer num filme mudo.
ao chegar ao emprego ,joana está sentada na secretária atendendo telefonemas ,verificando o fax,acenando afirmativamente ao director ,e fazendo pedidos ao sector de contabilidade.vai já no terceiro café.daqui a nada vem o calmante ,pensa helena.

na escola ,os filhos de helena dizendo:
bom dia professora manuela ...
a meio da aula ,a professora manuela é chamada.é a filha , a catarina,comenta-se.aquilo já estava mal há muito tempo.só podia acontecer uma tragédia assim.
manuela corre para o hospital.é tarde.é muito tarde já.uma médica dá-lhe a notícia.ela está aturdida quando pedem pelo intercomunicador a comparência da doutora susana mendes.a médica ausenta-se.
manuela precisa de alguém.faz muito que sua vida está deserta.
ângela ,é manuela.ângela , podes vir aqui?

é preciso pedir autorização para sair do trabalho .nos ultimos meses ângela tem faltado muito.dirige-se ao gabinete de pessoal.
é mafalda quem a recebe.ângela recebe licença para sair.

os acontecimentos fazem mafalda lembrar-se da mãe,sofrendo muito com a morte do irmão mais novo.hoje é dia de jantar com paula.o telefone toca.
paula não vem.
mafalda sai sozinha para jantar .há uma mulher a passer sozinha à chuva.há uma outra mulher cheia de frio na esquina da rua onde estaciona o carro.
entra no restaurante.folheia o jornal ao descaso.lê o estranho caso do suicído da mulher que havia escrito o nome de um homem por todo o corpo.


entretanto chegam uma mulher e um homem abraçados ao restaurante.patrícia conseguiu dizer que ainda não era hora de partir.

depois do funeral,manuela abre a porta da casa da filha .há uma carta de cristina,que lhe escreve da argentina ,sem nada saber.

e nessa noite ,helena lava a louça ,passa a roupa ,estende a roupa,adormece os filhos ,daqui a nada levantará os filhos ,vestirá os filhos ,entregará os filhos na escola,mas à noite ,sozinha procurará por si ,mas não haverá voz que chame o seu nome .então ligará a televisão e esperará até adormecer.

na cidade passa a mendiga ,cuspindo aos cães.