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1/21/2004

a invenção da despedida

guardei de ti essa última imagem ,
quando com palavras apertávamos gestos que não ousaríamos .
podia ter sido a mão fugindo do bolso
ou uma espécie de luz caindo sobre os olhos ,
interrompendo a nossa certeza do momentâneo .

mas não nos bastaram as tantas ilusões que havíamos rasgado
e ficou um discurso que já nem lembro .
havia muito ruído e os teus cabelos estavam apanhados ,
isso eu lembro
mas não das palavras .
tudo o que poderíamos ter dito era insuficiente
depois da demasia do que tínhamos querido .

eras a mais lenta palavra quando atravessaste a rua
o sol fazendo o caminho entre os teus passos ,
mas que importava a iluminação da tua passagem?
o mundo tornava-se abstracto
e na minha boca ,dessa palavra lenta,
vi a manhã que já morria .