à procura de jojó !
o nosso poeta rocher ,amargurado com os constrangimentos impostos pelo kinder delice ,resolveu deambular pelos trasnportes colectivos de passageiros da cidade do porto , os mais que sobejamente aclamados STCP !
a ocasião afigurava-se-lhe tentadora e altamente sugestiva em matéria poética,e de facto jojo andava poeticamente carente .fazia alguns dias que não escrevia e tinha sucessivos pesadelos com um escritor de meias brancas .
era meio -dia quando jojó abandonou a casa de madame.vavá ainda o tentou chamar ,fazendo alguns incompreensíveis sinais de fumo com o seu incenso nag champa.jojó estava resoluto e nada ,nem a vaquinha milka ou a própria heidi ,em luz e cor o poderiam deter .
e assim se aventurou o nosso cândido poeta pelas selváticas e dantescas ruas portuenses.havia um clima indiciador de tragédia ao qual o sensibilíssimo jojó não estava indiferente.seriam os taxistas bramnado justiça social ou as cabisbaixas senhoras, arrastando pesarosas carrinhos atulhados de variegadas espécies de produtos hortícolas?
a vossa tão humilde narradora não o saberá adiantar .mas é facto que jojó entrou no autocarro .era o famoso 78 , destino auspiciosamente anunciado para o castelo do queijo .o nosso poeta sentiu-se radiante com tão poético destino .entrou no autocarro .escolheu o lugar que lhe pareceu mais pitoresco e tirou o seu vermelhusco caderno de anotações que exibia orgulhosamente na capa uma fulgurante imagem dessa heroína alpina ,a heidi .
jojó sente-se acompanhado das castiças gentes e rodeado por tão urbano cenário ,a sua alma poética alcança os mais aguçados píncaros .a sua mente fervilha .os dedos estremecem na comoção que precede o devaneio poético .ele pensa numa ode pindárica que faça eco da transitoriedade humana adoptando o mui errante ponto de vista do condutor do 78 .ele quase começa a tomar notas quando é interrompido pela música da rádio no ultra-moderno autocarro .é a publicidade ao novo kinder delice.
jojó estremece e sente que a sua veia poética se abeira de uma quebra de tensão .a eventual ode pindárica fica esquecida num banco de autocarro dos STCP , como uma velha revista maria ,já sem uso .
ainda se eu fosse um poeta romântico - pensa jojó - eu poderia tentar um patético suicídio .quem me manda ser um pós -moderno e ex-rocher ?
desde o fatídico dia não mais jojó regressou a casa .madame está perturbadíssima e já ameaçou falar com souto moura .vavá tenta acalmá-la ,mas todas as tentativas de inalação de nag champa se revelam inúteis .
a narradora indaga: será que no fundo do coração van cleef e arpels de madame ,reside também algo como papelão ? será que o papelão de madame de facto apreciava o mordomo e poeta rocher ?
com a detectivesca e semiologíssima colaboração da bolinha semiótica , a narradora promete mais revelções em breve.
entretanto , num cinema dos idos anos 50 marisol interroga-se:
onde pára jojó ?
o nosso poeta rocher ,amargurado com os constrangimentos impostos pelo kinder delice ,resolveu deambular pelos trasnportes colectivos de passageiros da cidade do porto , os mais que sobejamente aclamados STCP !
a ocasião afigurava-se-lhe tentadora e altamente sugestiva em matéria poética,e de facto jojo andava poeticamente carente .fazia alguns dias que não escrevia e tinha sucessivos pesadelos com um escritor de meias brancas .
era meio -dia quando jojó abandonou a casa de madame.vavá ainda o tentou chamar ,fazendo alguns incompreensíveis sinais de fumo com o seu incenso nag champa.jojó estava resoluto e nada ,nem a vaquinha milka ou a própria heidi ,em luz e cor o poderiam deter .
e assim se aventurou o nosso cândido poeta pelas selváticas e dantescas ruas portuenses.havia um clima indiciador de tragédia ao qual o sensibilíssimo jojó não estava indiferente.seriam os taxistas bramnado justiça social ou as cabisbaixas senhoras, arrastando pesarosas carrinhos atulhados de variegadas espécies de produtos hortícolas?
a vossa tão humilde narradora não o saberá adiantar .mas é facto que jojó entrou no autocarro .era o famoso 78 , destino auspiciosamente anunciado para o castelo do queijo .o nosso poeta sentiu-se radiante com tão poético destino .entrou no autocarro .escolheu o lugar que lhe pareceu mais pitoresco e tirou o seu vermelhusco caderno de anotações que exibia orgulhosamente na capa uma fulgurante imagem dessa heroína alpina ,a heidi .
jojó sente-se acompanhado das castiças gentes e rodeado por tão urbano cenário ,a sua alma poética alcança os mais aguçados píncaros .a sua mente fervilha .os dedos estremecem na comoção que precede o devaneio poético .ele pensa numa ode pindárica que faça eco da transitoriedade humana adoptando o mui errante ponto de vista do condutor do 78 .ele quase começa a tomar notas quando é interrompido pela música da rádio no ultra-moderno autocarro .é a publicidade ao novo kinder delice.
jojó estremece e sente que a sua veia poética se abeira de uma quebra de tensão .a eventual ode pindárica fica esquecida num banco de autocarro dos STCP , como uma velha revista maria ,já sem uso .
ainda se eu fosse um poeta romântico - pensa jojó - eu poderia tentar um patético suicídio .quem me manda ser um pós -moderno e ex-rocher ?
desde o fatídico dia não mais jojó regressou a casa .madame está perturbadíssima e já ameaçou falar com souto moura .vavá tenta acalmá-la ,mas todas as tentativas de inalação de nag champa se revelam inúteis .
a narradora indaga: será que no fundo do coração van cleef e arpels de madame ,reside também algo como papelão ? será que o papelão de madame de facto apreciava o mordomo e poeta rocher ?
com a detectivesca e semiologíssima colaboração da bolinha semiótica , a narradora promete mais revelções em breve.
entretanto , num cinema dos idos anos 50 marisol interroga-se:
onde pára jojó ?
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