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1/10/2004



uma tentativa de leitura de uma partitura

uma amiga , há dias, contou-me por mail que vira a pianista de michael haneke. gosto muito, dizendo que achava interessante o contraste entre o sublime da musica classica , o rosto quase asseptico da mulher que depois tem aqueles arroubos tao ..tao ..., palavras dela.

vi o filme quando ele esteve em exibição. na altura, as críticas não foram lá muito positivas. ao menos, fiquei com essa ideia. michael haneke é um realizador que pretende mesmo mexer, perturbar. é frio e muito inteligente.
é uma excelente projecção. é mesmo isso uma projecção, ele vira o espelho para nós. e claro, que há quem não goste de ver o que ele quer mostrar de uma forma crua. é simplesmente assim e pronto.
conversando com uma amiga, chegamos ao ponto primeiro que se teria de partir de um ponto de vista. e para não se cair na "armadilha" dele, ter em conta esse ponto de vista.
ver do ponto de vista do homem ou da mulher?do homem, vamos dizer que ela é completamente douda. da mulher, vamos dizer que a sociedade é completamente douda. vejo do lado dela. m haneke consegui muito bem o que ele pretendia, que as pessoas odiassem o filme, pois o espelho foi virado, olhem. no fundo, para mim, ele diz que a loucura é ditada pela sociedade.
na altura, lembro-me que foi notícia de que houve desmaios em salas de cinema espanholas. é verdade que há cenas que não são fáceis de ver. mas.
o que há de mais violento no filme, não é o sado masoquismo dela,mas a rejeição dele. ele é que a viola simplesmente. não é por acaso que ele vem da alta burguesia. nota-se apercebe se que há uma ascese a que ele aspira a aceder com a grande artista e quando se depara com o oposto é um total choque.. a personagem é muito enigmática. muito mesmo. não sabemos ao certo o que se passa nela com ela, ficamos naquele ponto que será sempre de discussão.e só vem reforçar ainda mais que a profundeza da alma não se explica. há a loucura. há aquela fronteira ténue.há uma espiral na cabeça dela que não pára, há uma louucura que parte muito da intimidade, do que fica da intimidade. schubert é o autor que ela toca. ela diz que ele é feio.
sado masoquismo aliado a uma baixa de auto estima? a cena de cinema é outra ...o que ele quis mostrar , de uma forma, que o cinema era a vida...e a tv, o barulho da tv, que aparece , logo no início, não há vida,....
a frase de adorno que ela diz, num meio muito burguês, sobre a pre loucura de schubert pode ser a chave. pode ser a chave, talvez. só que essa chave roda, como ela quer.
em suma, os espíritos livres sabem como o humano tem mais faces do que a SOCIEDADE BURGUESA nos impõe todos os dias. a sociedade é que é paranóica .