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2/02/2004

as aventuras de jojó , mordomo e poeta rocher

( novela em crise autoral , com direito a mudança de patrocínio e personicídio )

enquanto escuta a sonata nº 1 para piano de shumann , madame observa jojó que caminha graciosamente entre as glicínias premiadas .na mão um espanador de penas de ganso , no bolso algo que se assemelha a um moleskine .

madame condói-se de tão pueril rapaz e chama-o :
-jojó , apetece-me algo !

o servil , porém viçoso praticante das belles lettres ,dirige-se lenta e solenemente para madame ( ele havia adquirido este tique aquando da sua permanência no queen mary , observando alguns ingleses mais distintos ) .

-sim , madame?
-diga-me, jojó , tem escrito?

jojó surpreende-se com a curiosidade de madame

( se eu estivesse a fazer didascálias diria : mover brandamente a sobrancelha esquerda e alternar uma vez com a direita para indicar espanto moderado, mas eu estou em crise autoral )

-sim , madame , apesar do meu comportamento de personagem não exemplar , consegui continuar a escrever , madame .
-e , diga-me , jojó , o que tem escrito ?
-bem , madame , desde que me ausentei e pude vislumbrar a altivez da maquinaria megalómana do queen mary , qual colosso , tive a imprescindível ideia de imortalizar em verso aquela maravilha do mundo hodierno .escrever uma ode ao quenn mary !
-muito bem , jojó !mas posso fazer uma sugestão?
jojó tosse levemente mas responde com toda a sua habitual bonomia :
-mas é claro , madame .
-jojó , é preciso haver fauna nesse seu poema.por que não coloca umas gaivotas , ou sei lá ,uns koalas, ou até mesmo umas alforrecas?
-madame!- espantou-se jojó .
-eu sei , eu sei ...é genial ,não é? mas não é preciso agradecer -me ...abuse de mim sempre que quiser , jojó .sinto -me tão solitária, agora que vavá fundou aquela seita em matosinhos ...
-madame ...
-shhhh .agora cale-se jojó .traga -me os pepinos .shumann é óptimo para tratamentos faciais !!!!!