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2/11/2004

quando a cidade é um traço de união no papel

E quando a cidade já é um palimpesto, demasiadas vezes, escrito e reescrito, com todos os sentidos, com os olhos, etc, ou melhor, e quando a cidade já não passa de um marcador de livro, a marcar a mesma página, vai se inventar uma cidade no papel? vai se pedir exílio ao livro, porque já não se sente a cidade, será isso?
então, é simples, pedir emprestado ao paul valéry, duas frases do seu monsieur teste, o infinito, meu caro, é bem pouca coisa; é uma questão de escrita. O universo só existe no papel.