cinquenta e dois
um louco sentou-se ao meu lado no bando do autocarro num desses quase banais percalços da urbanidade.
sim , era louco , gesticulava como louco,estava vestido como um louco e ,no entanto ,havia ali algo como uma quase lucidez .e foi isso que me assustou: a forma debochada como ele se ria de todos nós , ali, dentro daquele autocarro.ele apontava-nos o dedo , recostava-se no banco e ria convulsamente,sempre de dedo esticado à nossa vergonha.
um louco sentou-se ao meu lado no bando do autocarro num desses quase banais percalços da urbanidade.
sim , era louco , gesticulava como louco,estava vestido como um louco e ,no entanto ,havia ali algo como uma quase lucidez .e foi isso que me assustou: a forma debochada como ele se ria de todos nós , ali, dentro daquele autocarro.ele apontava-nos o dedo , recostava-se no banco e ria convulsamente,sempre de dedo esticado à nossa vergonha.
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