lost cause
somos duas rotas , dois trajectos ,damo-nos o tempo que nos abriga e dele fazemos breves instantes de alegria e prazer, o que importa,somos o que o tempo perdoa, o que despeja e não quer .
atravessamos a cidade,somos tão nossos como é meu o teu princípio e é teu o meu fim .vimos tanto vazio, quanto mais ruído ,mais se via de vazio .
a cidade estava tão triste aquela noite.o táxi era o mais seguro porto , mas havia o toque ,havia o beijo e as palavras .sim ,era preciso amar com todas as palavras , todas , as boas e as más , as inúteis .as palavras de morte.era preciso tudo , dar tudo para cairmos de rastos outra vez no vazio.
o táxi parou .era uma pensão de nome lírico , o lirismo da nossa urbanidade , atravessando rostos e paisagens quase em desespero , sempre sem tragédia.
tantas mentiras percorridas e aqui está o teu corpo diante do meu .nós , dois .e uma cidade que nos cospe diariamente , numa distância que interpõe o sonho e a crueldade.e o teu corpo nu , oferecendo-se agora à minha boca .façamos o que nos é pedido .seremos mais uma promessa vã .um instante que o tempo roubará , mas antes façamos de conta que podemos .
somos duas rotas , dois acidentes .somos dois trajectos e não há maior distância que a certeza destes corpos nus.
amanhã estaremos de novo tão vazios como o último copo da prostituta que esta noite não teve ninguém .mas hoje somos nós quem mente à cidade.
somos duas rotas , dois trajectos ,damo-nos o tempo que nos abriga e dele fazemos breves instantes de alegria e prazer, o que importa,somos o que o tempo perdoa, o que despeja e não quer .
atravessamos a cidade,somos tão nossos como é meu o teu princípio e é teu o meu fim .vimos tanto vazio, quanto mais ruído ,mais se via de vazio .
a cidade estava tão triste aquela noite.o táxi era o mais seguro porto , mas havia o toque ,havia o beijo e as palavras .sim ,era preciso amar com todas as palavras , todas , as boas e as más , as inúteis .as palavras de morte.era preciso tudo , dar tudo para cairmos de rastos outra vez no vazio.
o táxi parou .era uma pensão de nome lírico , o lirismo da nossa urbanidade , atravessando rostos e paisagens quase em desespero , sempre sem tragédia.
tantas mentiras percorridas e aqui está o teu corpo diante do meu .nós , dois .e uma cidade que nos cospe diariamente , numa distância que interpõe o sonho e a crueldade.e o teu corpo nu , oferecendo-se agora à minha boca .façamos o que nos é pedido .seremos mais uma promessa vã .um instante que o tempo roubará , mas antes façamos de conta que podemos .
somos duas rotas , dois acidentes .somos dois trajectos e não há maior distância que a certeza destes corpos nus.
amanhã estaremos de novo tão vazios como o último copo da prostituta que esta noite não teve ninguém .mas hoje somos nós quem mente à cidade.
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