<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5890420\x26blogName\x3dtorneiras+de+freud\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://torneirasdefreud.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://torneirasdefreud.blogspot.com/\x26vt\x3d7779548731287678461', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

5/18/2004

Ein kein manifestum


Sobre os detritos do real deito as sombras do que não existirá jamais
e pouco me importam as lições
os ensinamentos
as tragédias alheias .
tudo que foi escrito e pintado é somente tudo que existe .
isso e este corpo onde me deito
este corpo que encontra no espelho .
este corpo-matéria
máquina- veículo que me acarreta a morte.

um corpo a desmentir o que sou .

acreditamos no espírito porque o engendrámos.
inventei-me e por isso me pertenço ,irrevogavelmente .
e sou o caçador, sou o inventor , tenho as memórias que quiser ter .
sou quem me fará morrer porque eu me nasci em mim
e nem eu sei onde findo.

além de homens e muitas mulheres tenho um animal cego dentro de mim
não lhe sei o nome e nem o dia da sua criação
ele aconteceu como uma dor inevitável .
escolho o que não é indiferença
e sinto repulsa pelos letárgicos, pelos duvidosos ,por todos os cobardes .
tenho cores por inventar , e o céu que existe ,
o único céu que existe, é o que trago dentro das unhas.

nunca mais me peçam o consolo .se não te serves ,inventa-te.
rasga a pupila. não conseguiste ver , pois não, o filme ?
mas tudo começa assim, rasgando a pupila.
self-iconoclastia.
só prestas para ver o que não se vê.
se o puderes , se o ousares
então talvez possas adiar o dia da tua morte .