<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5890420\x26blogName\x3dtorneiras+de+freud\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://torneirasdefreud.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://torneirasdefreud.blogspot.com/\x26vt\x3d7779548731287678461', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

5/26/2004

o que sobra do impossível é a memória


não sei que artes rasgaram o peito
mas havia muito vento
e as vozes fechadas por anos no escuro
saíam procurando a casa
os olhos,o primeiro inverno.

acabaram as fugas,os ossos a brilhar no escuro ,ouço-te dizer,
e rio , rio muito
descosendo de mim o pulmão e as aves.

lembro-te em duas linhas
e és tudo que já encontrei .
dos meus olhos súbitos vejo-te cair
dobrando o espanto
permitindo o arsénico na madrugada.

fora de ti os olhos doem muito.

fico quieta,muito silente
com um barco a doer-me nos dentes
e assim esqueço o primeiro dia que me cegaste
para esconder o chão onde caíamos.