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7/18/2004

blogocentrismo ou da cosmoblogologia
 
 
language is a virus,é sempre bom de recordar .
muito se fala,muito se escreve e alguma coisa se lê de blogues em crise,em angústia em convulsão. alguns blogues apenas se constipam ,outros ainda entram em erupção.
alguns ,no entanto ,levam a mais seráfica das existências ,alheados de crises blogontoexistenciais e os deuses estejam com eles.
 
no mundo do blogo corgito ergo sum sucedem-se as as apoplexias,algumas definitivas.
não vou discorrer sobre a essência de  um blogue, da sua práxis,ou finalidade avulsa ,isso já se fez imensas vezes e muito bem,além de que não sou particularmente versada para me manter coerente.
 
crise é uma palavra sustenida com frequência.
e crise é uma palavra importante , ou a processualidade crísica e crítica são importantes.a chatice maior é viver a crise.adopto um ponto de vista que evidentemente não é outro senão o meu e arranjar e formatar o meu já é penoso o bastante.
mas iniciava eu a palavra crise.podia ser frustação ,podia ser cansaço ,tédio .ou outra qualquer ainda mais incisiva.peut-être.
não há no meu ponto de viste crise que não passe pelo seu sujeito,ainda que o objecto seja,entre todos ,o mais definido. e assim entra a minha crise,ou cansaço ou tédio ou qualquer outra coisa sem nome .
não me dou bem com o verão , não me ando a dar bem com portugal e mais importante ,muitas vezes nãome dou bem comigo.a irritação aumenta , os poros dilatam e  concentração diminui ,as insónias repetem-se.
agora são 7 34 e foi muito bom encontrar esta madrugada.
 
poderei eu culpar o blogue pela conjuntura ?era muito bom , mas não posso .e nem a mim e nem a ninguém.faz muita falta um culpado na vida.
no fundo , acho que  a psicanálise foi inventada para se arrnajarem culpados credíveis.
 
.a escrita como um anticiclone dos açores.escrita como lenitivo,como refrigério .vinde cá meu tão certo secretário .credo quia absurdum est.sim.e sim.e sim.pour moi o blogue tem sido o meu tão certo secretário - inútil,fútil,experimenalista,diarístico,o peixinho dourado do aquário que não tenho.
 
há uns dias,corrompida a um dos meus poucos vícios ( acho que arranjar mais uns quantos poderia ser uma boa terapia)- interpretação de mapas astrais_descubro que deveria cultivar o ofício de escrever cartas.
gosto muito de cartas,de recados,de apontamentos.gosto muito escrevinhar,rabiscar,rasurar.às vezes gosto de mais , qual amante saía de um bolero excessivo .
às vezes quero mais do que o que posso.mas messo assim insisto,repito,procuro. e fico a pelejar no escuro ,contra mim,contra o que aspiro , contra o que não chega , ou já se foi ,inelutavelmente .
 
o blogue é o registo sintomático de todas as neuroses que estimo , de todos os vícios que cultivo , de todos os afectos que me sustentam ,de todos os rostos que amo , das vozes que me chamam , dos nomes que quero repetir , dos medos à la recherche de um exorcismo perdido .das palavras que me rodeiam, me atentam, me provocam.das que me ferem.
 
não sou eu ,mas aqui me ponho .da mesma forma que me ponho no mundo e no seu visível .da mesma forma que imagino que nos vejam ,mesmo que seja dentro de um poço ou de uma árvore.
 
tenho lamentado a minha autodescoincidência e o blogue cor-de-rosa tem sido seu eco surdo .
não antecipo qualquer indício do meu self fiat lux.como se uma agulha emudecesse o que eu estivesse à procura de escutar .
 
preciso de uma palavra que não tenho e não sei onde ir buscar .
dos resquícios disso tenho feito o regresso e a insistência.
às vezes acho que era bom partir.partir deste locu , mas essencialmente partir desta geografia,algo assim como ir criar trutas.
 
sou um ser do barulho e da confusão e por isso permaneço.não sei onde ou até quando , nem de que forma , mas é isso .
entretanto vou empurrando a pedra.
e agora preciso de um café e quatro asas.
 
 
 
p.s este é um texto de insónia , que tal como as palavras de um bêbado deve ser lido com especial descaso .