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9/03/2004

“O que ela amava era isto, aqui, na sua frente […] Importava então algu­ma coisa, perguntou a si própria, caminhando ao longo de Bond Street, im­portava alguma coisa que a vida tivesse inevitavelmente que acabar um dia; tudo aquilo continuaria sem ela; sentia pena? Ou não seria consolador acreditar que a morte acaba absolutamente com tudo? Mas de qualquer forma, nas ruas de Londres, no vaivém das coisas, aqui e acolá, sobrevive­ria […] fazendo ela parte, tinha a certeza, das árvores junto da casa; da­quela casa tão feia, toda a cair aos bocados como estava; fazendo parte das pessoas que nunca vira; diluída como uma névoa por entre as pessoas que ela conhecia melhor, que a elevariam nos seus ramos, como tinha visto as árvores erguerem o nevoeiro, mas isso levava para tão longe a sua vida, e a sua vida, e a ela própria! Mas em que estava a pensar quando olhou para a montra do Hatchard? Que estava ela a tentar recordar? Que visão de uma clara aurora no campo, enquanto lia no livro aberto na sua frente? Não tor­nes a ter medo do calor do Sol, nem das rajadas do Inverno em fúria.”

Virginia Woolf , Mrs.Dalloway, trad.port, Lisboa, Ulisseia, 1982, 11