<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5890420\x26blogName\x3dtorneiras+de+freud\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://torneirasdefreud.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://torneirasdefreud.blogspot.com/\x26vt\x3d7779548731287678461', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

11/20/2004

as incautas aventuras de jojó , o inefável
( ex-mordomo ,poeta rocher e detective gabardinesco)

jojó alcançara o sucesso , a fama e lola, a incrível mulher bolero.
depois de tamanhos e tão auspiciosos feitos,restava-lhe apenas uma demorada crise existencial.

é por entre volumes de schopenhaeur que vamos encontrar o outrora imberbe e promissor homem de letras.
tendo renunciado aos prazeres mundanos,depois de faustosos banquetes literários, onde não se furtou a incluir uma descarada azeitona nos meandros duma sextina, jojó aparenta a serenidade de um eremita, a tranquilidade de um paulo coelho e uma sapiência televisiva.

tendo optado pelo exercício austero da misantropia, jojó recusa-se dialogar com outro alguém que não a sua consciência.
para conseguirmos penetrar no secreto mundo jojoziano , foi-nos necessário recorrer ao auspicioso estratagema da heteronímia, sugerindo ao bardo kinder delice que não éramos senão um seu outro eu ,mandamento rimbaldiano que nos favoreceu com imediata adesão.

tendo como intuito devolver ao mundo literário a produção literária de jojó ( recordem-se momentos altos como a ode às jantes de liga leve, ou quiçá, as oitavas imortalizando a secção hortaliceira dos supermercados carrefour ),quisemos que o mestre nos ditasse algo .

jojó cofiou sua barba, acenou o indicador em direcção aos óculos, tossicou com deferência e sustentou :
_ caro heterónimo , entre brumas surgido, não é mais possível fazer literatura:inês é morta, os ferrero hibernaram e o semanário « dica da semana» encarrega-se de sugar afincadamente os talentos literários de nossa praça.não mais que a voz tenho destemperada...

e dito isto,jojó deixou que um fiozinho cristalino ondulasse desde a sua retina direita.suspirou e com uma voz embargada pediu-nos ainda:

_até tu , heterónimo ,até tu vens dos tenebrosos confins para me assombrar a existência.
quem,de entre as legiões kinder,me ouvirá?
agora,vai !não mais , que a voz tenho destemperada!

eburneamente empalidecido, jojó,o homem e o mito , sumiu-se por entre um pesado volume dos exercícios espirituais de inácio de loyola.



3 Comments:

Blogger Lídia Aparício said...

olá jojó. :-) ena, há tanto tempo que não vinhas cá. já estava com saudades tuas. o que é feito de ti? não me troques as linhas. é verdade, da outra vez levaste a minha gaberdine escura, não sei por que linhas. espero um parágrafo sobre esse facto. um abraço do tamanho do título com chavetas largas. eheh

a sombra da nébia, pousada num caderno preto.

12:10 da manhã  
Blogger Rui Manuel Amaral said...

Notável. texto fabuloso. mil vezes notável.

11:53 da manhã  
Blogger ronin said...

jojó para presidente!

12:32 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home