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12/26/2003


©Edward Dimsdale
vou-me.
um bom ano para todos, melhor do que o encomendado por vocês.

12/24/2003

hasta
vou sem mapa , sem plano e sem rota ,mais que fuga e menos que caminho .parto para o sul .até dia 5 ou antes , quem sabe?
era já muito tarde ,
risquei o céu todo
e não soube desenhar o teu nome.
depois ,durante a madrugada
engoli muitos pássaros
mas não aprendi a voar .

na flor que nasce dos lençóis sobra-me esta pergunta :
se no peito te escrever uma ponte
saberei atravessar o teu coração?
se eu fizer um conto de natal , posso ter o patrocínio do pingo doce?
oooooo que arrepio ...não sei se ainda há anúncios do pingo doce na televisão ,mas aquela voz off que dizia grave e docemente « no pingo doce» era o responsável por inenarráveis tormentos eróticos de gentis lusitanas portadoras de cartões dominó .olé se era .
o plano que não planou , ou das dificuldades de os tapetes voadores já não voarem como reza a tradição

um marroquino bateu à minha porta .como o cão witt estava entretido a codificar semiologicamente os talheres da cozinha ,pedi ao s.bernardo do beiral, que já havia tido a sua ração diária de nuvens, para abrir a porta.
ele assim o fez.e regressou minutos depois com um estranho tapete pela boca.o cão witt abandonou a sua premente tarefa e quedou-se mediatabundo a mirar e admirar o curioso tapete.
antes que ele ousasse alguma das suas extensas divagações decido-me experimentar o tapete.sento-me e fecho os olhos .o coração acelera.quando tenho coragem de os abrir novamente estou a correr o sério risco da minha massa encefálica chocar com a extremidade superior da casa.uau, o tapete voa .
o cão witt que a nebia comigo deixou de férias pede-me calma , que tudo pode ser um engodo .
não , witt, não te vou dar ouvidos ,respondo eu .e ele ficou absorto uma vez mais meditando sobre a estranha expessão que eu usara e foi dissertar para o pingo doce .
entretanto , eu e o s.bernardo do beiral partimos em direcção às nuvens.


estou eu lá em cima a gozar as vistas panorâmicas , um inferno na verdade , cheio de japoneses armados até aos dentes de câmaras nikon, quando um agente alfandegário a mim se dirige:documentos !
ah ? quais documentos ?
passaporte , visto .o que mais poderia ser ? e o registo de vacinas desse colosso canino também.ahh , e vai precisar de pagar essa nuvem que o seu cão está a comer .
o quê? passaporte? visto ? mas eu não trouxe!
não me diga que se montou num tapete voador e veio assim sem mais nem menos e sobretudo sem documentos alguns.
mas foi exactamente isso que aconteceu .
sim , claro e foi um marroquino que lhe vendeu o tapete , certo?
certíssimo , mas como sabe?
minha senhora , tem exactamente dez minutos para abandonar o local.


a próxima imagem sou eu caída no chão da sala .mas sobre isso não quero falar .e sim , vou tirar o passaporte .pelo menos há patinagem artística.ufa!
interrogatio

depois de um mui magnífico complexo napoleónico que levou o meu meu computador a surtar e decretar um bloqueio continental , descobri agora que o infeliz enferma também do mal de presto .
passo a explicar : nos últimos dias o word tem deglutido letras atrás de letras,parecendo um glutão do famoso anúncio do presto que fazia os horrores da minha infância ( mãe, não ponhas a roupa aí , os glutões comem tudoooooo) .daí o mal de presto .
curiosa a predilecção por vogais , essencialmente os i .
agora resta -me esperar a indigestão para ver devolvida à procedência as vogais e demais letras do meu património textual .
com os agradecimentos da gerência.
para a nebia ( post muito confessionalista ok? )

que me dá a mão ,que me disse uma vez que eu nunca estaria só ( e eu não estarei com tua presença) , que me manda mensagens só com a palavra abraço , quando tudo que era preciso para o mundo voltar a aparecer na retina era esse abraço , à nébia cujos abraços são a terra mãe ,que formula teorias de personalidade que nunca me diz ( atenção blogosfera : nebia tem revelações académicas psicanalíticas sobre sapatos vermelhos ,mantidas no mais esconso secretismo ) .
à nébia cujos olhos se demoram nos meus com um carinho único ,que anunciou o ano do boi e eu estou com muito medo ,ai as setas do centauro que já se quis escorpião ,à nébia que delira com os mesmos versos que eu , que delira com as mesmas cenas ,a única pessoa que adivinha o que eu quero ouvir e eu nem preciso pedir.nunca te disse que é muito bom caminhar ao teu lado , pois não ? como é tão bom sair contigo do cinema ,as duas muito atordoadas,sem palavras.
sabes? tenho um caderninho novo .e faltam lá duas coisas : um desenho pollockiano e a tua mão desenhada ,como em todos os outros cadernos .
e sabes? não é espírito natalício , eu não gosto de natal , mas és a única pessoa a quem digo feliz natal e me comovo .e não , não é overdose de azeite gallo .é isso .a tua presença na minha vida faz esta coisa ter mais sentido .e quando os fósforos todos se apagarem eu não terei medo .
se alguém mais leu isto até ao fim , sorry , estou muito confessionalista e sentimentalóide.perdoar-me-ão bien sur.
e gosto muito de ti , mana .


e ahora me voy !
até jazz!
Para ale,

o meu desenho mais pollockiano (eheh):


com um abraço ano-luz


(para quem não vai a bola com o flash, não esperar pela o loading e clicar logo o botão do allow)

12/23/2003

um par de prendinhas nem feito nem desfeito

já sei que após dia de natal, vão falar das alturas montanhosas das postas de bacalhau, das águas profundas de onde vieram os polvos, etc, por isso como estrada antes e não digo o que não vou comer, mas digo sim o que não vou receber,duas coisas (tem de ser ao par), com muita pena minha (hey friends, estou aqui!! eheh):

-duas latinhas de tinta (azul do mar, azul do céu) da fresca-claro,para pintar o meu carrinho. para ele ficar mais bonito que o da janis, vejam só:


- o livrinho, do tamanho do ego da autora, "eu na cozinha faço tudo", da senhora agustina. é muito triste, vou perder uma série de receitas de compota. assim:
hi, ai


falando em e-mails, enviei um e-mail para a Susan Sontag, por causa de uma determinada polémica. só que até agora, nada. quando ela acabar de comprar todos os dvs para os seus, talvez ela diga "hi!".
Thanks a lot!

falando em e-mails, o João enviou-me a letra de "Mercedes Benz" de Janis Joplin (bem, ele acertou em cheio, porque adoro a Janis. é pena, ela não estar aí para as curvas.)

Mercedes Benz



Oh Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz ?
My friends all drive Porsches, I must make amends.
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz ?

Oh Lord, won’t you buy me a color TV ?
Dialing For Dollars is trying to find me.
I wait for delivery each day until three,
So oh Lord, won’t you buy me a color TV ?

Oh Lord, won’t you buy me a night on the town ?
I’m counting on you, Lord, please don’t let me down.
Prove that you love me and buy the next round,
Oh Lord, won’t you buy me a night on the town ?

Everybody!
Oh Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz ?
My friends all drive Porsches, I must make amends,
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So oh Lord, won’t you buy me a Mercedes Benz ?

That’s it!

Janis Joplin


(eis aqui uma bom exercício de inglês para os miúdos aprenderem os verbos. eheh)
não vale a pena bombardear o nosso correio com votos.
eu sou devolvo abraços natalícios king-size (claro) e fora da época também.
nós só conjugamos abraços, é isso, ale?
volto a dizer que sou anarca natalicia assumida. não faço votos. nem há votos.
mas volto.
então amanhã não é dia de posts, mas de postas, é isso?
Ruialme no país das maravilhas! (eheh! tou a brincar!)

é verdade, o meu computador adormece mesmo à uma e vinte. até lá, ainda tenho de colocar um carro a funcionar. se ele não arrancar hoje, como vai ser? ou deixo-o estacionado assim debaixo de uma árvore a chover os primeiros pingos do inverno.
Onde estarão os rodapés?

tenho uma amiga douda que adora fazer crítica literária na fnac, desarumando os livros, colocando-os num par binário, só mesmo visto. fiquei parva quando eu vi hoje um terrorismo literário dos piores , a arte de amar de ovideo com...estou com vergonha de dizer.
( ), agora é que eu ia começar a citar schopenhauer, como prendinha para ale. eheh ela está de volta!! um abraço XXL, porque os meus braços não têm outra medida para abraços, sempre, amiga.

12/22/2003

vento , ou o coração abrindo-se a meio

é preciso andar
andar muito para perder o caminho
e fechar as vozes como dedos frios .

às vezes podem passar-se anos
e ouvires ainda essas vozes
mas cego caminharás
querendo abrir o peito ao pássaro quebrado
ou à sílaba que termina o poema.
as piores coisas de natal , parte 6743736537

trajecto ferroviário s.bento _ espinho :sensação europeísta de transporte colectivo graças às últimas aquisições da cp.dá até para olvidar os arroubos mais frenéticos das adolescentes nos bancos laterais .
mas eis senão quando a banda sonora começa.não , não foi o coro ~de santo amaro de oeiras ,mas descobri que há coisas piores .sim, é facto .
adaptação natalícia de bolero de ravel .

agora pergunto-me eu :e quando acabar o natal , o que nos reservará a cp em matéria musical? estou com meeeedo ....
o cão witt e o s.bernardo que come nuvens no beiral foram no comboio com o durão às compras .

desenvolvimentos a qualquer instante ...
a culpa

já foi da nébia,dos ovos das galinhas do campo e do lixo espacial,da operação triunfo ,da font-family verdana,arial ,das luzes de nevoeiro. da seta do centauro ,do elton john do cometa halley e do estádio do dragão, da junta provisória de salvação internacional do património freudiano, dos anúncios de emprego do jn, da escova de dentes, da portae até da rtp 2.
hoje a culpa é dos anúncios cérelac. tenho dito. a culpa é dos anúncios cérelac .

nebia? estás aí ? truz? hummmmm casa vazia ....textos lindos ...vim abrir a pálpebra ...ainda não cheguei ...hei-de chegar ...peut etre un jour ...para já o deserto abre-se e vou esperar o teu abraço ,sempre .
até já.

12/21/2003

a culpa

já foi da nébia,dos ovos das galinhas do campo e do lixo espacial,da operação triunfo ,da font-family verdana,arial ,das luzes de nevoeiro. da seta do centauro ,do elton john do cometa halley e do estádio do dragão, da junta provisória de salvação internacional do património freudiano, dos anúncios de emprego do jn, da escova de dentes, da porta. hoje a culpa é da rtp2. tenho dito. é da rtp2.
O 323º e-mail



vendo bem. porque é que a rtp 2 (?) não passa um tri-ciclo dedicado ao Michelangelo Antonioni ? que raio de tv!!vou mandar e-mail com a minha sugestão. eles vão aceitar . sei que sim. e no p.s do mail, vou pedir the life of brian dos monty, para uma amiga que, segundo ela, anda muito astrosentimentalóide.
não tenho posição marcada. não tenho verdades. não tenho certezas.
e para não ficar muito solta neste meu paul, nesta minha errância, marquei para meu limite a minha paixão, o meu interesse e curiosidade.

mas sabes onde é que a cultura me levou ontem?
a lado nenhum.

12/20/2003

(as minhas deambulações enquanto procuro a chave do carro).
como diria uma amiga minha, Oh que caneco!
não sei onde pára mesmo os últimos posts.
não é nada de preocupante o blog perder a sua memória? ou é?
que título??

já não dou conta da minha ausência. ando para aqui a juntar palavras. eu estou aqui, sem muita ocupação, e tenho um ritmo na cabeça que fica falando e não se cala e não me deixa adormecer, então o jeito é escrevinhar. juntar palavras. adoro papel e tinta. o que posso fazer? ah ando a perder a memória dos últimos dias. o que vale é que são as minhas, senão estaria a ale a falar da falta de mobiliário. neste momento o design é minimalista. eheh
a ale vai voltar em breve. . e nessa altura terei de arranjar a casa . ai, ai. eu não sei onde pára a mobília? olha, ale, nada de muito importante foi escrito, da parte da nebia. e não fiques preocupada! ehhe
são doudices.

12/19/2003

sei que é preciso arriscar em ir onde faltam todos os abrigos.
será que sei mesmo?
com névoa flutuante, de novo, amanhã.

ela desdobrou as duas folhas que rasgara de um livro. tentou desenhar antes. mas aquelas palavras só lhe davam árvores e mais árvores e mais árvores. virou e revirou as palavras. ela procurava.não os inícios nem os fins. queria o entre. o modo. o que ela queria ver era o canal e não a árvore. continuava a pensar, até que lhe chega à mesa um amigo .
- nem imaginas, é desta vez que vou escrever o tal livro de ficção científica. o livro vai ser todo passado no porto. os personagens são anjos. eles não têm nomes, são preposições. e...e...e...
-caramba, muito me contas. há algum tempo, andavas com o faulkner, com o kafka,..debaixo do braço e agora. e...e..e
- é verdade, o tempo em que eu lia os grandes mestres, já passou. aprendi muito. treinei muito. esqueci muito. escrevi muito para esquecê-los. recomecei de novo......e...e ...e
--ah, minha douta ignorância!...
É proibido pingar!

até que chega a Cândida, com a pergunta:
-posso aparar as ervas das tuas palavras?
-que ervas das minhas palavras?
as minhas palavras atravessadas, é só paisagem. canais e mais canais.
sei que não é lá muito fácil ver erva nas palavras.
dá trabalho ruminar, não é? ou não?
o carro sobe. o tempo desce. debruço-me no volante, os dedos cansados. o através estava lá, mais a frente. será que não se enganou? seria mesmo a montanha "bach lache"? a água que o pára-brisas acumalava, não me afastava do pensamento "bach lache", "bach lache". ruminei até ao riso. não pode ser, vou antes desdobrar o mapa.
mas não vejo pontos nenhuns aqui, só linhas. linhas de fuga, claro. o através estava lá, mais a frente. o rio corre, só que as margens estão roídas. o carro sobe, até que surge uma espécie de deserto. o deserto. é agora que o carro ganha velocidade.

12/18/2003

-o que é que te mais angustia?
-a ideia de tudo ficar parado, no zero absoluto. de tudo ficar parado, no ponto de paragem.
-mas o zero é cheio de energia, não sabias disso?
-não sei. vou abrir um discusão sobre a posição do zero, não achas bem?
se a posição for horizontal, ficarei mais descansada.
- eu acho é que precisas de kilometrar o pensamento para ,porque nunca mais sais do km0.

12/17/2003

ainda antes de entrar na polémica miniscente, olho, olho, vejo


(433x601 pixels)

Nam June Paik, T.V. Cello with Charlotte Moorman 1971
hoje estou cansada. talvez ainda consiga colocar a primeira e o carro ande para. para isso,ah, tenho de escrevinhar. falta a paisagem. hoje a culpa é também do blogtrânsito. nunca mais chegava aqui. bem, parti da praça "porta de luz", mas precisamente do centro blogger (onde fico na posição de km 0) e depois. depois perdi-me no meio, trespassada de peles, pelas galáxias, sim. numa paragem,um ciclista que, encostado a um muro pingado, veio ter comigo e disse-me que fosse atá a montanha "bach lache" que lá havia muita erva nas palavras.
o carro já está a subir, está a subir.

12/16/2003

é proibido pingar!

até que chega o senhor primeiro ministro, nós não merecemos tão solene visita.
já que teve a gentileza de passar por aqui, faça o favor de não fechar as torneiras ao que interessa realmente ao país....e do que é mesmo necessário.
ah cantar o fado é com a ale.
a culpa

já foi da nébia,dos ovos das galinhas do campo e do lixo espacial,da operação triunfo ,da font-family verdana,arial ,das luzes de nevoeiro. da seta do centauro ,do elton john do cometa halley e do estádio do dragão, da junta provisória de salvação internacional do património freudiano, dos anúncios de emprego do jn, da escova de dentes. hoje a culpa é da porta. tenho dito. é da porta.
sim, somos torneiras. só que já não entro em torneirices-doudices de direita e de esquerda. antes dos votos de natal. onde é que mesmo para marcar a cruz ? sim, voto. não, não voto. em quê mesmo? ah no natal. porta-te mal! ehhe
com ou sem centro, não fechei a porta, como é óbvio.
por isso, para quê perguntar: posso entrar?
queres saber quem cá canta? se alguém está aqui?
canto o refrão pequenino do walt.
Procure as diferenças!

Portugal 2003:


Portugal 2004:



ah, para o ano, há bola..grande diferença, sim senhor.
vou levar para a clínica estética "photoshop" e vai nascer do mar um bola brilhante, brilhante como vai ser o ano 2004 para todos. vai ser uma festa... (ai gods dogs!)


a fonte vem do ar, mas precisamente da coragem de Gerard Castello, de ficar suspenso num helicóptero e de tirar esta belíssima foto. não há falha nenhuma, está impecável.
o refrão que eu canto cá

Do I contradict myself?
Very well then I contradict myself,
(I am large, I contain multitudes.)

Walt Whitman

ver o nickname de quem está neste momento a bater estas letras que você está a ler. não é o meu eu-eu, é o meu eu-nick que também tem muitos problemas de identidade. gosta de pessoar.
meu carrinho chegou ao centro "blogger", deu finalmente com a morada. o porta-bagagens, desta vez, não traz nenhuma mala, não vou vaguear muito...até chegar ao "post e publish", faço sempre um kilometro de palavras. algumas ficam atravessadas. é só paisagem... quantos kilometros terá já o meu carrinho?? que importa?? agora vou ali a bomba e já volto.
ainda antes de entrar na polémica miniscente, olho, olho , vejo

a enfermidade dos olhos que advém, muitas vezes, do ecrã da tv, deve-se ao que vestem de palavras, o pensamento,..esta imagem cai-me muito bem. sim,sim o que ele está a dizer, assenta-me tão bem.
é um excelente guarda-roupa de imagens e de palavras, sem dúvida.
e se houvesse em strip-tease de imagens, um zapping para trás, a chegar ao negro, ao ponto primeiro,....e ficassemos no negro a esperar da imagem, teríamos a certeza que um dia não chegaria??
(caramba,eles ainda não passaram a imagem?? eu preciso de ver. onde está a imagem?? não, não, eu não quero ver. sai da frente que eu quero ver.)
se a tv é uma camisa de forças, então o olhar kafkiano ao dizer que o cinema é pôr um uniforme no olho, coloca o acento no lugar certo.
(ainda bem que lars no seu dogville esqueceu-se de levar o guarda-roupa das imagens... a imagem do cão, da porta, da montanha, ... estão na imaginação de cada um...na memória.)



mas ainda se fala em imagens, quando aqui vejo pixels e mais pixels e?
Bom dia!, Boa tarde!, boa noite!,
dependendo do seu estado de humor ou do canto em que se encontra no mundo ou
meio perdida, tenta encontrar meio onde deixar as suas palavras. leva num pensamento, uma frase "sem partirmos,nunca lá chegaremos". ...


pergunta:
-sabes dizer me onde fica o centro "blogger"?
-o centro "blogger" não estou a ver muito bem...não será o centro "copy e paste"?!
-não, não é esse. esse, de vez em quando passo por lá. mas preciso de ir antes, sempre, ao centro blogger.
perdi a morada por completo. e agora? bem,vou pedir a um taxista, pode ser que me leve até lá.







se o corpo é um desenho, quantas linhas de fuga terá o rosto?

12/15/2003

escrevendo simplesmente numa linha da mão "seja o que deus quiser", o meu pai resolve certas coisas de uma forma tão simples. resolve o insconciente em dois tempos. que inveja! talvez...
Parabéns!


gosto mesmo muito da poesia de José Tolentino Mendonça.
é de estremecer a alma.
o poema que se segue toca-me, em segredo.

O último dia do verão


Pois às vezes me falta a quem contar
certo dia passado do princípio ao fim
o encanto que tenha realmente
a insistência do vento ao longo da Foz
aquilo que daria (e eu daria tudo) por compaixão

Nascemos e vivemos só algum tempo
não temos nada
não podemos mesmo na penumbra
decidir a atenção ou o esquecimento
as forças soçobram como vagos motivos
em público
e em qualquer lugar

Por isso sei tão bem o valor
da natureza indiscutível dos teus olhos
onde a luz anota seus aspectos
teus olhos impacientes e irrealizáveis
que me acompanham
agora que sozinho danço
pela cidade vazia


José Tolentino Mendonça, De Igual para Igual, Assírio & Alvim.

12/11/2003

ping ,ping !

posso entrar ?
Tap Break


Pavel Banka, Moment , 1986

12/10/2003

Não é um barrete!

Graças ao senhor Pio Abreu, os maníaco-depressivos (que têm agora o estúpido nome de doentes bipolares) estão mais felizes. Este senhor psi conseguiu que várias empresas passassem a fabricar a luz do sol da manhã e a colocassem a disposição de todos, de todas as formas e feitios. O último produto da empresa "Seja feliz!" não é nada mais nada menos que um boné com uma lâmpada inserida por debaixo da pala. O design é lindíssimo. E facilmente se encontra na net, colocando somente o nome da doença, em qualquer motor de busca. Não fique parado, se é um maníaco-depressivo, a solução está ao seu alcance. ou melhor, na distância muito curta de um clique.
download

leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza
leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza
leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza
leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza
leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza leveza


as torneiras ontem tiveram um ligeiro problemazito. mas já está tudo resolvido. é verdade,não havia um único pingo nas torneiras. o encanamento na linha quente e na linha fria em cano ficou entupido de silêncio.

neste momento, só se encontra em funcionamento, a torneira do lado direito, de cor azul, de água fria. torneira com cabeça pouco enroscada, correndo a água em peso, perdendo a leveza de pingar somente...

houve uma fuga , da torneira do lado esquerdo, de cor vermelha, de água quente. precisando a ale de procurar alguém que a consertasse...
haverá algo mais lyncheano que os caracóis de um telefone?
fios encaracolados só merecem uma tesoura chamada silêncio.
haverá alguma coisa mais proustiana que um puxador de porta??
andei tempos a pensar que era a chavená do chã. mas não.
é o puxador de porta.


e há quem escreva para uma porta fechada, a pensar que a eternidade está no puxador de porta.

12/09/2003

Se o inferno são os outros, que tal usar uns óculos escuros, recomendados pela
Óptica Vergílio Ferreira.

Eles estão em saldos e tudo, agora. É aproveitar porque não é para sempre.

12/08/2003

Sempre este jogo?, pergunto

"Sem memória esvai-se o presente que simultaneamente já é passado morto. Perde-se a vida anterior. E o interior, bem entendido, porque sem referências do passado morrem os afectos e os laços sentimentais. E a noção do tempo que relaciona as imagens do passado e que lhe dá a luz e o tom que as datam e as tornam significantes, também isso. Verdade, também isso se perde porque a memória, aprendi por mim, é indispensável para que o tempo não só possa ser medido como sentido. Assim, ao ver o meu Outro eu a pentear-se com uma escova de dentes num quarto de hospital (conforme me contaram depois) pergunto-me quantas vezes lhe aconteceu aquilo e logo de instante vejo uma enfermeira a aparecer-lhe por trás e a trocar-lhe a escova pelo pente, sem um comentário, sem uma palavra sequer, pura e simplesmente na prática de quem executa uma rotina. E ele a obedecer-lhe sem a menor resistência, ele como que a cumprir a parte que lhe compete nessa rotina. Sempre este jogo?, pergunto."

José Cardoso Pires, De profundis, Valsa Lenta., Dom Quixote.
ale, eu sei. eu sei. eu não cito mais.eheh ou melhor: não deixo entrar mais ninguém cá em casa. oh pá, eles esquecem-se dos cadernos, ..as frases, as palavras ficam no ar, porque parecem música...

desta vez, fiquei sem whisky..e estava a ver que ficava sem escova de dentes...

o josé quer marchar, para aqui, com a sua valsa lenta, de produndis...

sim, sim...ale foi comprar a manta para o nosso divã. e já-já volta.
bem, se ela se lembra de ir a marrocos, ... já estou a ver o filme.
atropelamento e fuga

ela sentada no café e, rosto-aparentemente-tranquilo, olha. toma dois cafés cheios. puxa de um cigarro. pensa ela: mais um prego para o caixão? que importância tem isso? puxa de um cigarro. vira e revira o jornal. as palavras que ela não quer ler, estão lá. sacudindo-o.varrendo com a mão as palavras, como fossem só migalhas, será que elas saem do papel? não. elas têm corpo e sangue. pois é. e são palavras palavras palavras palavras palavras. adiante. passaram cinco minutos e ela ainda olha para fora da janela. a rua nossa senhora de fátima estava muito concorrida. que procissão de cinzentos. de vez em quando vejo um azul. agora a procissão é mais mondriana, mas são os reflexos da luzinhas nos cinzentos. adiante-adiante. passaram sete minutos e ela ainda olha para fora da janela. de repente., vê uma mulher que, mais parecia desapossada do seu rosto-quotidiano, abruptamente saindo de uma porta e assaltando o centro da rua com um grito., gritouuuuuu. passaram dez minutos e ela não olha para fora da janela. recolhe o livro da mesa e atira-o para o fundo da bolsa. e sai.
O não- dizível das compotas

o que se passa no nosso quintalinho literário??

neste preciso momento, tudo se encontra muito calmo.

atenção-atenção. a senhora agustina está a sair da sua casa, em Alto Douro, e a deslocar-se para o seu quintal. ajeita o avental, colocando o ponto no lugar certo.com letras de garrafão, lê-se "cuidado! há mulher fera na cozinha!". abanou a macieira e deixou cair, precisamente, só duas maçãs. passos rápidos. entrou pela cozinha ambientada com chopin..(gods dogs!!). outra compota de casca de maçã em preparação.

o livro "Eu na cozinha sou capaz de tudo", do tamanho do seu ego, ainda está por vir...
"Tu não viste nada em Hiroshima", em "Hiroshima, Mon Amour" de Alain Resnais

"Tu não viste nada em Sarajevo", em "O olhar de Ulisses" de Theo Angelopoulos

Tu não viste nada em Bagdad, em O desenho de sangue de Bagdad, com actor principal:



brevemente, na sua rua, perto de uma sala de cinema...

ah, o realizador? Não sabe qual é ??!!
É ...isso mesmo e companhia...

a culpa

já foi da nébia,dos ovos das galinhas do campo e do lixo espacial,da operação triunfo ,da font-family verdana,arial ,das luzes de nevoeiro. da seta do centauro ,do elton john do cometa halley e do estádio do dragão, da junta provisória de salvação internacional do património freudiano, dos anúncios de emprego do jn. hoje a culpa é da escova de dentes. tenho dito. é da escova de dentes.

12/07/2003

Divãs

hoje ,na revista notícias magazine, os raios- x estão direccionados aos psicanalistas.
quatros egos psissss desfilam pelas páginas, com os seus respectivos divãs. que maravilha que é o divã do senhor psi Coelho Rosa (que diz que é um cabide). é uma cama articulada para levantar e está coberta por uma manta (que comprou em marrocos), uma "manta de noivos" tuaregue. O senhor psi Frederico Barbosa tem um divã com décadas, onde, às vezes, ele faz umas boutades. Agora o senhor psi Carlos Amaral Dias, trocou, há dois anos, o seu velho canapé freudiano por um Le Corbusier. E o senhor psi Carlos Dias Cordeiro tem um divã neutro, para não distrair a fantasia da pessoa. Sim, senhor. Melhor, sim, senhores.

e ale que nunca mais chega com o nosso divã. nós vamos surpreender.eles é que ainda não sabem. e estes divãs começam a ter os dias contados..
admiração




desta vez quem cá apareceu, não foi, nada mais nada menos, que o senhor cioran. estranhei. e ele que nem gosta nada de domingos. ainda estou a pensar no que ele disse sobre a loucura. que inquietação...

naõ sei por que raios, mas cioran também esqueceu-se do seu caderninho.
foi uma tentação não espreitar. o que li, às tantas, deu vontade de rasgar a folha e trazer dobrada no bolso do meu casaco. e trago comigo. é um exercício.

"Só tenho vontade de escrever num estado explosivo, na excitação ou na crispação, num estupor transformado em frenesi, num clima de ajuste de contas em que as invectivas substituem as bofetadas e os golpes. (...) Escrevo para não passar ao ato, para evitar uma crise. A expressão é alívio, desforra indireta daquele que não consegue digerir uma vergonha e que se revolta em palavras contra os seus semelhantes e contra si mesmo. A indignação é menos um gesto moral que literário, é mesmo a mola da inspiração. E a sabedoria? É justamente o oposto. O sábio em nós arruina todos os nossos élans, é o sabotador que nos enfraquece e nos paralisa, que espreita em nós o louco para dominá-lo e comprometê-lo, para desonrá-lo. A inspiração? Um desequilíbrio súbito, volúpia inominável de se afirmar ou de se destruir. Não escrevi uma única linha na minha temperatura normal. (...) Escrever é uma provocação, uma visão infelizmente falsa da realidade, que nos coloca acima do que existe e do que nos parece existir. Competir com Deus, ultrapassá-lo mesmo apenas pela força da linguagem, esta é a proeza do escritor, espécime ambíguo, dilacerado e enfatuado que, livre da sua condição natural, se entregou a uma vertigem magnífica, sempre desconcertante, algumas vezes odiosa. Nada mais miserável do que a palavra, e no entanto, é através dela que atingimos sensações de felicidade, uma dilatação última em que estamos completamente sós, sem o menor sentimento de opressão. O supremo alcançado pelo vocábulo, pelo próprio símbolo da fragilidade! Pode-se alcançá-lo também, curiosamente, através da ironia, com a condição de que esta, levando ao extremo sua obra de demolição, cause arrepios de um deus às avessas. As palavras como agente de um êxtase invertido... Tudo o que é realmente intenso participa do paraíso e do inferno, com a diferença de que o primeiro só podemos entrevê-lo, enquanto o segundo temos a sorte de percebê-lo e, mais ainda, de senti-lo. Existe uma vantagem ainda mais notável de que o escritor tem o monopólio: a de se livrar de seus perigos. Sem a faculdade de encher as páginas me pergunto o que eu viria a ser. Escrever é desfazer-se de seus remorsos e rancores, vomitar seus segredos. O escritor é um desequilibrado que utiliza essas ficções que são as palavras para se curar. Quantas angústias, quantas crises sinistras venci graças a esses remédios insubstanciais! "


E. M Cioran
, “Exercícios de Admiração”, pgs 123 e 124

não sei se me comovo mais facilmente com uma pessoa que reza desesperadamente à porta de um hospital ou com uma pessoa que se emociona a ver um quadro de tapiès.
não sei, eu sei.
e cá continuo no meu ofício de torneira automática freudiana. ale estava com receio que as torneiras não corressem. que ficassem congeladas. mas nein. népias.
leider, agora, é só uma torneira em funcionamento...
mas, ale vai voltar, em breve, para contar mais 95869576 coisas que odeia no natal, para colocar a novela do jojó em dia (para alegria de marisol), ....e claro, para contar a sua charada.eheh. eu sei, eu sei. mas não posso contar.
outrar sim

não gosto de egocentrismo. eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu que nunca mais finda. é um elástico mais extenso que a linha do horizonte e que continua continua continua continua. gosto de pessoas egocênticas, só se forem esquizas, igualmente. e nesse eu egocêntrico esteja tantas vidas possíveis e impossíveis. que gozo que é ser outro e não ser eu, sempre.
sim, a minha última palavra, a minha pergunta pertencem às minhas pálpebras.
e só lá cabem, sim.
démodés

o amor está fora de moda.
a felicidade está fora de moda.
a generosidade está fora de moda.
a compaixão está fora de moda.
....



uma lista que não sai de moda, porque que ainda continua actualmente em moda.


Certa noite, longe daqui alguém me disse que a procura da Beleza é a procura de um lugar perdido. A perda desse lugar leva os Homens a sentirem uma enorme e incurável melancolia por se tratar de uma harmonia esquecida, um tempo onde se decifravam as chaves do Universo pelas imagens, uma "Idade de Ouro" perdida ( a Arcádia de Virgílio?), um mundo em que as correspondências eram compreendidas e comunicadas. Não se pode nomear a Beleza, nem explicá-la, nem falar dela. A beleza salva. A cor deslumbrante, a sumptuosa construção, o luxo agressivo, a sedução das violentas estruturas da Beleza. A construção da Beleza tem de ser possível, a Forma será o seu caminho. A Beleza no horror irá sarar as minhas feridas.

Rui Chafes, "Os Laços Invisíveis"


mas não há salvação. como é que a beleza nos pode salvar??
eu não odeio o natal como ale. já se sabe que o capitalismo mora na época do natal.
e que a essência do natal é que precisa de um grande update.
na verdade, esta época sempre me deixou triste. este ano não vai ser diferente.

no último natal, fui até baixa do porto, depois da meia-noite, o que eu vejo, para além das luzinhas por todos os cantos e preços altos a descer qualquer bolsa para as últimas, é um homem a cantar, com uma viola ao peito, pelos clérigos abaixo.
barcelona, barcelona

-que tal pegar no carro e irmos até barcelona?
-(silêncio)
-(silêncio)



ai, eu só posso estar a falar à frente do espelho.

a culpa

já foi da nébia,dos ovos das galinhas do campo e do lixo espacial,da operação triunfo ,da font-family verdana,arial ,das luzes de nevoeiro. da seta do centauro ,do elton john do cometa halley e do estádio do dragão, da junta provisória de salvação internacional do património freudiano. hoje a culpa é dos anúncios de emprego do jn. tenho dito. hoje é dos anúncios de emprego do jn.

12/06/2003

bem, é melhor ir, antes que apareça o wittgenstein, a querer ir ao cinema. o meu cão witt que tem um gato dentro..e não é animado...não sei muito bem porquê, mas quando ele cá vem, é uma festa. começa a ladrar à volta dele. sempre naquele círculo. sempre naquele círculo. deve ser algo entre. eles. eu não entendo lá muito bem.
para a nebia (eheh),

"To Your Love"

Here's another speech you wish I'd swallow
Another cue for you to fold your ears
Another train of thought too hard to follow
Chugging along to the song that belongs to
The shifting of gears
Please forgive me for my distance
The pain is the evident in my existence
Please forgive me for my distance
The shame is manifest in my resistance
To your love, to your love, to your love
I would've warned you, but really, what's the point?
Caution could but rarely ever helps
Don't be down when my demeanor tends to disappoint
It's hard enough even trying to be civil to myself
Please forgive me for my distance
The pain is evident in my existence
Please forgive me for my distance
The shame is manifest in my resistance
To your love, to your love, to your love
My derring-do allows me to dance the rigadoon
Around you
But by the time I'm close to you, I lose
My desideratum and now you, so
Now you have it, so baby tell me what's the word?
Am I your gal, or should I get out of town?
I just need to be reassured
Do you just deal it out, or can you deal with
What I lay down?
Please forgive me, for my distance
The pain is evident in my existence
Please forgive me for my distance
The shame is manifest in my resistance
To your love, to your, to your love

Fiona Apple

la la la la la
pois é simples. pois pois. é simples esquecer.
começa se pelos os olhos. depois o rosto.
sim, vais ser uma canção.......
sim, sim, os amigos são como os pneus de trás do carro.
caramba, e já não tenho pneus suplentes.
tenho de ir devagarzinho (eu??? que adoro velocidade, vai ser complicado)
ou mudar de direcção..bem
bem curiosa curiosa como eu só, dei uma espreitadela, mas foi a correr.
olhem só, o que ele diz, a páginas tantas,no seu caderno.

RÉFLEXIONS QUI NE SONT PAS ÉTRANGÈRES À FREUD.

Les sciences exactes sont devenues notre pain.

L'a priori et la métaphysique, on les dédaigne.

Alors? Pourquoi tout le monde de s'empresser autour de la philosophie de Freud?

Eh! eh! Les mathématiques transcendantes elles-mêmes, qu'on y introduise seulement des applications de certain ordre, telles que... le calcul des jouissances amoureuses, ou la mesure du volume des sexes, et je les vois très bien entourées de nombreux auditoires.

Je me rappelle ce marchand de vieilles étoffes précieuses, serré entre deux stands modernes, flanqué à gauche d'automobiles, à droite de comptomètres, qui tout d'un coup... Un jeune homme était venu s'employer chez lui, ignorant de l'article. Et tout d'un coup la foule afflue... C'est la fortune... Car, dans les plis des étoffes, il cachait des photographies lubriques.

Oh ! Je ne dénonce pas Freud. Freud commerçant.

Cette réclame, il ne l'a pas commandée.

Les réflexes suffisent à l'explication de sa conduite, les réflexes qu'utilisent les philosophies, les gens, quand ils se noient.


Les sciences, par ce qu'elles exigent des appareils et des connaissances encyclopédiques, restent loin du public. La psychanalyse au rebours est populaire, car sans appareils ni bagage scientifique, vous et moi, tout le monde, nous pouvons faire de la psychanalyse, etnous en avons fait, comme M. Jourdain faisait de la prose.

Freud ressemble fort à un enfant précoce. Cette espèce a la vie courte, j'entends la vie intellectuelle. A la cinquantaine, ils vivent toujours de leurs quinze ans.

Devenu professeur, Freud en est encore à consulter ses quinze ans, sa tête de gamin, c'est-à-dire, ses premières curiosités recueillies. Mais, grâce à ses fonctions, il généralise.

Freud: des recettes de clinicien ? Horrible!

L'esprit humain flue et reflue de l'unité à la complexité; en art, du classique à l'impressionniste; en science, de la synthèse à l'analyse, du matérialisme au spiritualisme.

L'histoire est ce jeu de réactions.

Le XIXe siècle fut la synthèse. Il unifie. Il réduit la chimie à l'atome, l'électricité à l'électron, la vie au protoplasme, la physiologie à la physico-chimie.

Il fut matérialiste.

Freud est dans le domaine de la philosophie, la réaction contre le XIX° siècle.

Il substitue aux données objectives extérieures, l'introspection, l'analyse du sujet.

Le principe de sa manière de voir me paraît ceci, qui est excellent, qui est la réaction: « Entre deux explications, également possibles, la plus compliquée a autant de valeur que la plus simple, la subjective autant que l'objective ).

Sans doute Barrès, Tolstoï, Dostoïevsky, Bourget, Poe furent psychanalystes.

Néanmoins, Freud a fait une découverte.

Une découverte est en science le plus souvent l'application d'un procédé d'une science à une autre science.

En astronomie, l'analyse spectrale est une découverte. Pourtant, elle s'employait déjà en chimie. Freud a introduit, dans la science, les procédés psychologiques du roman, des mémoires et des confesseurs.

Il arrive dans deux cas principaux que l'intelligence humaine ne se surveille pas: dans le rêve et dans la folie. Freud examine les rêves, y voit un potentat: l'amour. Soit, quoique tous les appétits humains s'y retrouvent aussi.

Si j'examine la folie, je trouve l'orgueil. Beaucoup plus de fous marquent l'orgueil que la libido. Dans le rêve même, l'instinct de conservation, l'instinct de domination, l'instinct de cupidité se retrouvent. Freud voit dans les rêves des verges symboliques. Moi, j'y vois des poings, des assiettes de la faim, des maisons d'avarice. L'amour propre est l'instinct intrinsèque de l'homme.

Freud n'a vu qu'une petite partie. J'espère démontrer l'autre partie, la grosse partie, dans mon prochain ouvrage: Rêves, jeux, littérature et folie.


HENRY MICHAUX.


Le Disque Vert.
2ème année, 3ème Série, N°1. 1924
michaux, michaux!! esqueceste deste caderno!!
ai e agora o que é que eu faço??
não é que o michaux bateu-me agora à porta.
foi uma felicidade.contou-me que veio há pouco de uma casa, com os seus cadernos, que tem uma janela indiscreta.
preguiçoso como ele é, alapa-se num sofá e começa a falar das suas propriedades..., dos livros que lhe dão cabo da cabeça, da felicidade, da cólera, da simplicidade, de olhos,dos chãs,...das suas propriedades, falou, nervosamente.
no fim, contou-lhe (eheh), como sei que o seu estômago é sólido como uma pedra...como se faz verdadeiramente um esparguete à pollock, exclusivamente feito por mim................
vou aproveitar e vou convidar os meus amigos ehhe de outros tempos... para se sentar aqui no divã...ainda não há divã nas torneiras, como é possível???? ah, lembrei agora, a ale foi a feira nova comprar um novinho. pois hoje é sábado e há aquela tal procissão. vão todos à mesma hora ao feira nova. é agora mesmo.
passaram três segundos e ale não disse nada.
isto quer dizer que a casa está por minha conta. a patroa está fora de casa. eheh
agora é que vai ser bonito, só, aqui, como um barco abandonado, nesta rede que nunca mais acaba e que vai ser... e se tenho também surtos bem

não é hoje o dia do fim da charada??
será que ale hoje vai pressionar o botão "mágico" para o computador arrancar e chegar até a morada das torneiras??

(eu depois quero saber os próximos capítulos. dispenso os pormenores.)

12/05/2003

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porque estará uma linda noite??
está uma linda noite para dançar na rua ...
que me interessa a verdade dos factos ,se a memória me diz outra coisa?
lê isto !!!!!!!!!!!!


sabes que é para ti não sabes? sim? ainda bem ...é para ti , sim , sim , não há erro .será que te fiz sorrir? sim? talvez? quero muito que sorrias...
síndrome insular

a minha empregada sofre dela em último grau .e de forma aguda.sempre que chego a casa ,prestes a ter um colapso nervoso com as suas últimas opções estéticas ,descubro um paninho retirado não sei de que fundo de gaveta ,e colocado debaixo de todo e qualquer objecto.
vistos ao longe os meus móveis parecem povoados de ilhas .panos redondos rodeados de madeira por todos os lados .
enfim , será que lhe recomendo stevenson?
para r.
( post sentimental ,antes de dormir ,para ser lido por ti )

estendo-te a mão até haver a flor.
dou-te os olhos para dormires.
invento-me de novo se quiseres ouvir uma história.
abro mais a alma se estiver escuro .
deixo que me faças nascer debaixo da tua língua.
permaneço.insisto e danço.
dou -te o pão,sou a sede ,sou o gosto .
chamo-te.corro.planto o dia nas tuas costas .
costuro a noite na tua cama .
lavo-te todas as feridas e faço-me do linho onde te secas.
vou como rio no teu peito e vento no teu rosto .
és a minha certeza do mundo e és tu o infindo que me sopra na boca.

12/04/2003

esvazio a casa aos poucos ,dizendo-te um adeus silencioso ,só entre nós percebido .encho sacos com destino ao nada.às nove passa o camião do lixo . subitamente os objectos diáriostornam-se imensos nesta distância..a caixa de costura que ninguém mais usará.roupas e mais roupas.agendas ,anotações.postais recebidos ao longo dos anos .desenhos por fazer .telas alvas que não pintaste.como o teu silêncio a nascer para sempre dentro de mim.
esvazio a casa e dentro de mim o silêncio bate pesadamente .
derivação patético-infantil

se eu visse uma nuvem crescendo -te no coração ,deixavas -me dormir nela?
as piores coisas de natal

os musicais .a neve em espuma nos vidros dos cafés. a imaginação vertiginosa dos portugueses que desenham montanhas de alvíssima neve nos vidros e pais natal com renas .o coro de santo amaro de oeiras , que me perdoe as criancinhas.as caixas forradas a papel de embrulho em cima dos balcões ,desejando boas-festas ,mas não olvidando a ranhura para moedas e notas.os comerciantes esfregando as mãos .os postais de natal com mensagens já escritas ,só falta mesmo é assinar .os postais de natal cheios de dourados .odeio o azeite gallo a cantar desde 1919 .odeio que as empresas tenham o descaramento de me desejar bom natal.odeio que em todos os estabelecimentos comerciais me desejem boas festas e boas entradas ...e odeio que me perguntem ,sempre que compro algo : é para embrulhar?
e odeio imaginar quantas jarras cristal d arc vou receber .
charada


amanhã é o último dia!querem saber ? pois eu não digo !ih ih ih!


p.s.uau !ainda tenho unhas!!!!!!!!!!!
tentativa fracassada.
tentativa de responder a interrogação de ale.

nebia, longe do paraíso. nebia, lágrimas e suspiros. nebia, cinzento. nebia, o deserto vermelho. nebia, o vento. nebia, face a face.

12/03/2003

chove-te nas mãos ou é a memória que perdes ?
quero ( recado pessoal e transmissível para um outro dia )

o que nunca houve , o irrepetí­vel , o céu a descer para morar na lígua ,o horizonte abrindo-se nas mãos , o coração a cada hora infindo ,quero o impossí­vel de nós .todos os rituais e juras.quero tocar o que ainda não há e só nós conhecemos.
as piores coisas do natal , parte I de 9847539 outras:
ter de sorrir muitas vezes ao dia.parecer muito feliz .ter de gostar de decorações de natal.ter de ser optimista.agradecer presentes que nunca se quis receber .ser sujeito a doses diárias de terrorismo musical nas ruas.ser vítima fácil dos encontrões dos esfaimados das compras.ouvir a mensagem de natal do presidente.ver um pai natal a cada dois minutos .ver luzes psicadélicas nas fachadas dos prédios.( falta de gosto devia ter imposto ..aliás ...era uma boa solução para equílbrio orçamental...) todo e qualquer desconhecido achar que nos pode dirigir a palavra só porque é natal.


as famílias reunirem-se só porque é natal .porque toda a gente se reune e porque sempre o fizeram assim, mas nem sabem bem porquê.é porque é natal , respondem .e porque compraram muitas jarras cristal d arc para oferecer às tias .


e as famílias reúnem em torno do bacalhau , da televisão tão alta como aquela prima que acha que tem muito jeito para cantar e tão alta como as crianças que só pedem os presentes.é só depois da meia- noite , dizem os adultos mal -humorados , afinal os brinquedos custaram -lhes tanto , agora elas que esperem também.
e depois o concurso feminino da melhor sobremesa.
esta foi a tia rute que fez.esta é a da alice.ó alice , desde quando é que sabes fazer tortas?
por esta hora os machos sorvem um uísque velho e falam de desportos motorizados , sim , porque falar de futebol no natal é sacrilégio.
entretanto , o mais velho dos velhos adormeceu e ronca e todos se riem dele e emborcam mais uma rabanada e um cálice de vinho do porto .passa um musical na televisão .
é meia noite .as crianças rasgam as prendas.na televisão : azeite gallo , cantar desde 1919 .depois dos brinquedos , das camisolas interiores , das meias peludas e das jarras cristal d arc
o natal acaba .fica uma mulher a lavar a louça .
os outros membros da tribo partem nos carros empilhados de tios velhos , crianças adormecidas e presentes . durante a viagem a mulher fala mal da comida da cunhada.o homem fala mal do hi fi do tio .
para o ano volta tudo ao mesmo .jarras de cristal d arc e tudo .porquê? porque é natal ....
será?

eu jurava que este blogue tinha duas pessoas.
há quem diga que eu sou muitas...então será que o outro era eu ? mas ,não é suposto eu não ser o outro?ou não ser eu nem o outro? então não está aqui ninguém....helppppp!
antes de eu ir procurar o maxwell , o s.bernardo voador , devo interrogar-me : onde está a nébia?quem tramou nebia?o paradeiro de nebia .nebia , desaparecida em combate .nebia , a missao impossivel.nebia pelos ares . nebia e seus irmãos.qual o filme desta vez?
charada

esta é a última terça -feira.faltam três dias .querem saber ? pois eu não digo !ih ih ih!

p.s.e eu estou calmíssima.juro .calmíssima.a propósito ...alguém me sabe dizer onde está o s.bernardo que costuma comer nuvens no beiral da minha janela? não o vejo há umas horas ...que será feito dele?
eu repito : estou calmíssima .



uma pergunta a mais

Se o papel em que fazes morrer
A nudez da noite
É já gasto
Por que levas à boca o coração do pássaro?

12/01/2003

charada

esta é a última segunda -feira.faltam quatro dias .querem saber ? pois eu não digo !ih ih ih!